O aumento da competividade e complexidade na construção civil tornam os atuais modelos de gestões insuficientes para garantir a qualidade nos produtos, conciliando com cumprimentos de prazos e produzindo no menor tempo possível.
A construção tem que ser conduzida com profissionalismo e acima de tudo não existir espaço para amadorismo e improvisação. Segundo Bernardes (2001), um empreendimento na construção civil é imprevisível, complexo e incerto, e, na maioria das vezes, conduzida por planejamento totalmente informal e desorganizado.
A crença de que basta um engenheiro com conhecimento técnico para garantir uma boa gestão é mito. Trabalhos aplicados em campo comprovam que as principais deficiências em gestão de obras estão nos processos de planejamento e controle da produção, causando baixas produtividades no setor, elevados desperdícios no canteiro de obra e principalmente a não conformidade na entrega do produto. Fato que os processos de planejamento e controle são papeis essenciais nas empresas (Mattos, 2010).
Muitas vezes os planejamentos são resumidos somente em cronograma físico-financeiro, focado somente em plano longo prazo, se quer tendo uma atualização real com andamento da obra.
Para tornar um planejamento eficiente é necessário ter uma boa comunicação e difusão dos planos para os membros da equipe de produção. Muitos imprevistos e problemas acontecem por não ter um planejamento eficiente, faltando comprometimento, gerando incertezas e variabilidade no processo.
Um dos métodos mundialmente conhecidos para tornar o planejamento da obra mais eficiente, é o uso da filosofia Last Planner, muito difundido na construção enxuta. O sistema Last Planner é uma filosofia que através de implantações de novos níveis de planejamento, como planos de médio o curto prazo, garanti a proteção contra os efeitos de incertezas e variabilidades nos processos, assim, causando maior desempenho na produtividade, refletindo principalmente no cumprimento de prazos.
Focando o plano da obra em três partes, conforme imagem, o sistema Last Planner visa eliminar as incertezas de forma antecipada.
A disseminação do plano médio prazo para todo equipe envolvida na gestão, garanti assim um maior desempenho na produtividade, evitando interrupções causadas por restrições ou falta de recursos (Bernardes, 2001).
Na execução da programação das semanas seguintes foi apurado o cumprimento das tarefas anterior e discutidos os motivos dos não cumprimentos dos pacotes. Esta prática reforçou o espírito e ajuda a tomada de decisões acertadas pelo grupo.
A definição dos pacotes de trabalhos no curto prazo teve como mecanismo de proteger a produção. Esse resultado positivo está fortemente ligado a análise das atividades programadas no plano médio prazo (Ballard, 2000).
A realização do planejamento sistemático ofereceu estabilidade na construção, e o controle de forma proativa, possibilitando uma postura de tomar decisões rápidas e intuitivas. A consequência dessa evolução refletiu também nas antecipações de alocação de recursos, ocasionando pedidos de compra a serem mais exatos, e no momento certo, evitando a falta dos mesmos.
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