Quais são as etapas de uma orçamentação de Obras?


Primeiramente não é correto usar o termo “Planilhamento” !

É muito como encontrar entre orçamentista o termo “planilhamento” para obras, em termos técnicos e bibliográficos não é correto usar essa terminologia, associando a orçamento de uma obra. Conceito de planilhamento é o Processo de distribuição de dados em células (de uma planilha) para arquivo ou sondagem, muito longe de uma aplicação nos campos da engenharia de custos.

O termo correto ser usado é Orçamento, e não “ Planilhamento”!

Quebrando esse paradigma, é muito importante não se confundir! Orçamento é diferente de orçamentação. Orçamento é o resultado final do custo ou venda da obra; e orçamentação, é o processo para determinar o resultado final

A estimativa dos custos - e o conseqüente estabelecimento do preço de venda - é basicamente um exercício de previsão. Muitos são os itens que influenciam e contribuem para o custo de um empreendimento. A técnica orçamentária envolve a identificação, descrição, quantificação, análise e valorização de uma grande série de itens, requerendo, portanto, muita atenção e habilidade técnica. Como o orçamento é preparado antes da efetiva construção do produto, muito estudo deve ser feito para que não existam nem lacunas na composição do custo, nem considerações descabidas.

Um dos fatores primordiais para um resultado lucrativo e o sucesso do construtor é uma orçamentação eficiente. Quando o orçamento é malfeito, fatalmente ocorrem imperfeições e possíveis frustrações de custo e prazo. Aliás, geralmente erra-se para menos, mas errar para mais tampouco é bom.

No caso de empresas que participam de concorrências públicas ou privadas, a orçamentação é uma peça-chave. O fato de haver várias empresas na disputa pelo contrato impõe ao construtor o dever de garantir que todos os custos sejam contemplados no preço final, e que ainda assim seja alcançável uma margem de lucro adequada.

Por ser a base da fixação do preço do projeto, a orçamentação toma-se uma das principais áreas no negócio da construção. Um dos requisitos básicos para um bom orçamentista é o conhecimento detalhado do serviço. A interpretação aprofundada dos desenhos, planos e especificações da obra lhe permite estabelecer a melhor maneira de atacar a obra e realizar cada tarefa, assim como identificar a dificuldade de cada serviço e conseqüentemente seus custos de execução. Ainda assim, alguns parâmetros não podem ser determinados com exatidão, como é o caso de chuvas, condições do solo, disponibilidade de materiais, flutuações na produtividade dos operários e paralisações.

Orçar não é um mero exercício de futurologia ou jogo de adivinhação. Um trabalho bem executado, com critérios técnicos bem estabelecidos, utilização de informações confiáveis e bom julgamento do orçamentista, pode gerar orçamentos precisos, embora não exatos, porque o verdadeiro custo de um empreendimento é virtualmente impossível de se fixar de antemão. O que o orçamento realmente envolve é uma estimativa de custos em função da qual o construtor irá atribuir seu preço de venda - este, sim, bem estabelecido.

Em geral, um orçamento é determinado somando-se os custos diretos - mão-de-obra de operários, material, equipamento - e os custos indiretos - equipes de supervisão e apoio, despesas gerais do canteiro de obras, taxas, etc. - e por fim adicionando-se impostos e lucro para se chegar ao preço de venda. Para participar de uma concorrência, o preço proposto pelo construtor não deve ser nem tão baixo a ponto de não permitir lucro, nem tão alto a ponto de não ser competitivo na disputa com os demais proponentes.

É o muito importante!! Tome cuidado com o excesso de gordurinhas que seu orçamentista coloca no orçamento, essa prática não é nada aconselhável, tornando o orçamento pouco transparente e preciso.

Confira logo abaixo todas as etapas de uma orçamentação eficiente de obras.





Fonte: Aldo Dórea Mattos - Livro Como preparar orçamento de obras - 2ª Edição

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